A Igreja da Válega é uma verdadeira obra-prima da arte da pintura do azulejo e, sem sombra de dúvida, uma das mais impressionantes igrejas em Portugal! Ao pôr-do-sol, a fachada da igreja, virada para poente, é particularmente bela, banhada pelos raios de sol. Um verdadeiro templo dourado que brilha com os seus fantásticos azulejo de múltiplas cores.
Tem como titular Santa Maria. A sua construção foi iniciada em 1746, tendo-se as obras arrastado por mais de um século. O edifício espaçoso e altaneiro apresenta frontaria com torre integrada à esquerda. O retábulo principal, do século XVIII, merece destaque, além da pia baptismal – a peça mais antiga dos começos do século XVI – executada em pedra ançã. No interior sobressaem as intervenções do século XX, nomeadamente, os tetos em madeira exótica, custeados pela Família Lopes e os exuberantes revestimentos em azulejo – da Fábrica Aleluia de Aveiro – além dos vitrais – de Madrid – doados pelo Comendador António Maria Augusto da Silva, que impôs as temáticas e a policromia.
Morada: Rua da Igreja Matriz, n.º 149 | 3880-506 Válega
Site: http://paroquiadevalega.com/
Telefone: 256502113 / 910498939
Horário de abertura ao público
Domingo | Das 8h30 – 18h00
Segunda-feira | 13h30 – 19h00
Terça-feira | 13h30 – 20h00
Quarta-feira | 13h30 – 19h00
Quinta-feira | 13h30 – 20h00
Sexta-feira | 13h30 – 19h00
Sábado | 15h – 20h00
Numa zona despovoada, na qual se observa um cruzeiro, datado de 1868, que se implanta numa das extremidades deste espaço, localiza-se a Capela de Nossa Senhora de EntreÁguas. Este templo de arquitetura maneirista, é composto por um corpo retangular e anexos laterais. A composição da fachada principal é constituída por cantarias nos cunhais, um portal único de entablamento ladeado por dois vãos moldurados, encimado por pedra de armas e óculo circular. O coro-alto de madeira, a capela-mor com altares em arcos sobre pilastras e decorados com almofadas corridas, o teto de madeira arqueado, e os retábulos de madeira dourada que datam do séc. XVII, são evidentes pormenores que enriquecem os seus interiores Não obstante a inscrição, encontrada no seu interior, que revela apontar uma data que corresponderia ao séc. XIV, o atual templo foi mandado construir por D. Diogo Lobo em 1654. A sua construção teria sido concluída em 1657 – data inscrita na fachada principal. Em 1966, o cineasta Paulo Rocha eternizou, no filme “Mudar de Vida” 17, a Capela de Nossa Senhora de EntreÁguas.
No Portinho, margem esquerda do regato de Pereira, foi erguido o Cruzeiro como gratidão à Virgem de Entráguas por dar fala a uma pastorinha. Na base está escrito: “1673 N. Sr.ª de entre agoas aqui deu fala a hua moça”
A Casa do Povo de Válega foi fundada em 1973 com a finalidade de desenvolver atividades de carácter social e cultural, e promover o folclore da vila de Válega, tendo sido criado o Grupo de Folclore da Casa do Povo de Válega em 1989. Em 1998, foi inaugurado o Museu Etnográfico de Válega (MEV), fruto de recolhas realizadas pelo Grupo de Folclore pela freguesia. A casa que alberga o MEV, do princípio do século XVIII, foi classificada como Imóvel de Interesse Municipal, em 1985. Tem como missão identificar, estudar, recolher conservar, salvaguardar e divulgar o património cultural da vila Válega, dando-o a conhecer ao visitante através de antigos trajes regionais, artesanato e objetos ligados a antigos usos e costumes. O seu espólio é constituído na sua maioria por espécies etnográficas, representativas da vida doméstica, agrícola e industrial de Válega, de finais do séc. XIX e inícios do séc. XX. O MEV possui inúmeras valências, onde se destaca a Sala de Exposições Temporárias, Reserva Museológica Visitável, a Cozinha Tradicional e a Loja, onde o visitante tem ao seu dispor produtos artesanais e algumas iguarias de produção própria.
Morada: Rua Irmãos Oliveira Lopes 3880 – 485 VÁLEGA
Telefone: 256 502 164
E-mail: cpvalega@gmail.com
Site: http://casadopovodevalega.com/
O Museu Escolar Irmãos Oliveira Lopes foi inaugurado em 1996, resultado da recolha de peças e documentos efetuada pelo professor Joaquim de Almeida Pinho, que naquela escola lecionou mais de três décadas. Tem como missão preservar e divulgar a memória e o património da Escola Primária Oliveira Lopes e seus beneméritos. No espaço estão patentes objetos que serviram, desde 1910, para a instrução de centenas de crianças da região, onde se destacam inúmeras peças de elevado valor patrimonial, nomeadamente, mobiliário, material didático, brinquedos e a temível palmatória, mais conhecida como a “menina dos 5 olhos”. A escola primária foi construída nas vésperas da implantação da República, sob o patrocínio de dois emigrantes enriquecidos – os Irmãos Oliveira Lopes – onde se releva a imponência do edifício e a qualidade da arquitetura, quer pelo conforto, funcionalidade dos espaços, bem como, pela riqueza dos elementos decorativos da fachada principal. O Museu Escolar Oliveira Lopes está integrado na RIHME – Rede de Investigadores em História e Museologia da Educação
Horário: 14h00 – 17h00 Encerra aos Domingos e Segundas
Contactos: Rua Irmãos Oliveira Lopes, 250 3880-907 VÁLEGA
Telefone: 256 503 606 E-mail: meollopes@gmail.com
Site: www.meol.pt
A CENÁRIO – Centro Náutico da Ria de Ovar, fundada em 2004, é uma associação sem fins lucrativos cujos objetivos estatutários são a identificação, a preservação e a divulgação do património náutico Ovarense numa perspetiva museológica. Tem como missão identificar, estudar, salvaguardar e restaurar embarcações representativas do património náutico de recreio, promovendo a prática da vela como desporto de descoberta da Ria e dos seus territórios, bem como, promover o desenvolvimento de uma efetiva cultura ecológica e ambiental, numa perspetiva de desenvolvimento sustentável. Organiza, em parceria com outras entidades, eventos de divulgação da cultura náutica: regatas, workshops, palestras e visitas guiadas aos locais de maior significado para a história da náutica Ovarense.
Morada: Cais do Puxadouro 3880 VÁLEGA-OVAR
Telemóvel: 965 635 233
E-mail: cenariovar@gmail.com
Blog: http://www.cenariovar.blogspot.com
O Cais do Puchadouro era muito antes da construção das grandes rodovias, uma das principais vias de comunicação da região. Este cais, construído artificialmente, com cerca de 800 metros de comprimento e servia para embarque e desembarque de produtos e pessoas. O edifício que se encontra no topo do cais corresponde ao antigo armazém de caulino. Extraído em S. Vicente de Pereira (Ovar), o caulino era transportado por juntas de bois até ao Cais do Puxadouro. Aí era embarcado em mercantéis e transportado, pela Ria de Aveiro, até à Fábrica da Vista Alegre e utilizado como um dos constituintes base da porcelana. É no Cais do Puchadouro que que se encontra sedeada a associação Centro Náutico da Ria de Ovar que integra a Rede Museológica de Ovar. Esta associação, respeita e preserva a arte da carpintaria naval, recuperando e construindo diversas embarcações de recreio, numa perspectiva de cultura ecológica e ambiental e na preservação e divulgação do património e identidade cultural ligados à Ria. Além da sua importância ecológica, sempre atual, dada a diversidade dos biótipos da Ria de Aveiro, permitiu, no passado, o desenvolvimento de atividades nas suas margens – da construção naval, ou apanha do moliço (algas), à extração do sal, entre outras. Embora destituído das suas originais funções, este local continua a potenciar o usufruto da Ria enquanto espaço privilegiado de lazer e recreio.
De grande valor histórico e patrimonial, este lugar conserva ainda as caraterísticas do ambiente natural, rural e arquitetural oitocentista, razões pelas quais se procedeu à classificação deste conjunto e da sua paisagem envolvente natural, como Imóvel de Interesse Municipal, segundo o Edital n.º 167/2004, de 1 de março de 2004.
Como outro motivo para a sua classificação refere-se a preocupação do município em preservar este lugar, protegendo-o do desenvolvimento urbano e industrial que se tem vindo a registar neste concelho.
Do seu surgimento e desenvolvimento existem várias versões contraditórias. Pinho Leal refere, no seu “Portugal Antigo e Moderno” que “há provas de que estas terras foram habitadas desde os tempos pré-históricos, pois que ainda em nossos dias por aqui existiam monumentos pré-celtas”, outros afirmem que a sua constituição é anterior à fundação da monarquia.
Porém, não obstante as diversas versões e embora em data desconhecida, o concelho de Pereira Jusã foi constituído pelos Condes da Feira, sendo assumidamente anterior ao Concelho de Ovar, com foral antigo, atribuído por Dom Afonso III, mais tarde confirmado por Dom Manuel I em 1514. O seu desaparecimento foi consequente da crescente autonomia e desenvolvimento do concelho de Ovar, que lhe foi retirando o seu valor.
Deste modo, por decreto de 18 de dezembro de 1852, este concelho foi extinto e incorporado no de Ovar.
Neste velho núcleo encontram-se a Casa da antiga Câmara ou antigo Tribunal e a Casa da Capela de Nossa Senhora da Conceição e Sagrada Família, que são partes integrantes do conjunto classificado.
No imóvel que serviu de Paços do Concelho instalaram-se, na parte esquerda do rés do chão, a cadeia, funcionando a câmara e o tribunal de juízes ordinários no 1.º andar. Na parte central do edifício funcionou uma escola de instrução primária para o sexo feminino até 1890.
Este imóvel cria uma praceta privativa, onde existia, à direita, a capela dos presos, dedicada a Stª Isabel e um pelourinho que se implantava no segundo e último degrau de acesso a este espaço.
O pelourinho era constituído por dois degraus, quadrados, onde assentava um pequeno soco e uma coluna de granito, sem base e capitel, com remate de desenho esferoidal. Este, até 1841, esteve colocado a 100 m a poente, no local onde se encontra hoje uma réplica, imperfeita, do mesmo.
Mas a antiga casa da câmara ou antigo tribunal, designação que a população local lhe dava e cuja data de construção se desconhece, localiza-se a 100 metros abaixo deste edifício, o qual é acedido por uma escada exterior de granito, cujo patamar era coberto com um alpendre. Em frente à mesma encontra-se atualmente a réplica do antigo pelourinho, colocada em 1989, que veio a substituir o original, que se encontra no Museu de Ovar.
A Casa da Capela de Nossa Senhora da Conceição e Sagrada Família é um conjunto edificado constituído pela capela que data de 7 de março de 1793, e a sua Casa – Quinta da Fonseca, de renovação posterior à construção da capela